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Bolsonaro Alega Conspiração Contra Sua Vida e Critica Medidas de Segurança

Ex-presidente sugere que sistema busca facilitar sua eliminação e faz paralelos com segurança de Donald Trump
  • Categoria: Política
  • Publicação: 26/07/2024 14:50
  • Autor: Thamirys Andrade

Em um comício realizado em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, na quinta-feira (25), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez declarações alarmantes, sugerindo que o sistema atual no Brasil busca “facilitar seu assassinato”. Bolsonaro alegou que a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de retirar seus dois carros blindados e as restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a quatro de seus assessores de segurança são parte de um plano maior contra sua segurança.

Bolsonaro fez um paralelo com o atentado contra Donald Trump, ex-presidente dos EUA e atual candidato do partido Republicano à Casa Branca, questionando a eficácia do Serviço Secreto americano na proteção de Trump. Ele então comparou sua própria situação com a de Trump, insinuando que a falta de proteção também se aplica a ele.

“Quando voltei para o Brasil, pela Presidência, tinha direito a dois carros. Lula pessoalmente me tirou os dois carros blindados. Tenho direito a oito funcionários. Os quatro que trabalhavam na minha segurança, por medidas cautelares, foram removidos. Até meu filho, o ‘02’ [Carlos Bolsonaro], teve seu porte de arma negado pela PF”, afirmou Bolsonaro.

O ex-presidente sugeriu que a retirada dos veículos e as restrições aos seus assessores são evidências de uma tentativa deliberada de prejudicar sua segurança. De acordo com Bolsonaro, a situação nos EUA serve como um “espelho” para o Brasil, refletindo um ambiente hostil para ele.

Os assessores mencionados por Bolsonaro — Marcelo Câmara, Max Guilherme, Osmar Crivelatti e Sérgio Cordeiro — estão sob investigação pelo STF por suspeitas relacionadas a tentativa de golpe, o caso das joias e fraude em cartão de vacinação.

Após a repercussão de suas declarações, Bolsonaro fez uma distinção, afirmando que suas críticas não são direcionadas especificamente ao STF ou ao governo, mas sim ao “sistema” como um todo. Ele negou que estivesse acusando diretamente Lula e a Suprema Corte de tentar facilitar sua execução, afirmando que suas críticas são direcionadas ao contexto mais amplo.

A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) respondeu às alegações de Bolsonaro, esclarecendo que ex-presidentes têm direito a dois carros, sem a especificação de que sejam blindados, e que o uso das nomeações de servidores é de acordo com a legislação. A pasta também ressaltou que as regras aplicáveis são as mesmas para todos os ex-presidentes e que as medidas cautelares são uma questão que deve ser tratada pelo Judiciário.

O STF, até o momento, não se pronunciou sobre as declarações feitas por Bolsonaro. A situação continua a gerar debate e especulação, com o ex-presidente mantendo suas críticas e insistindo na percepção de uma conspiração contra ele.

Fonte: Pleno News