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Kim Jong-Un Ameaça Destruir a Coreia do Sul com Armas Nucleares em Caso de Confronto

Declaração surge após presidente sul-coreano afirmar que regime norte-coreano entraria em colapso ao tentar usar armas nucleares
  • Categoria: Internacional
  • Publicação: 04/10/2024 08:56
  • Autor: Redação

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, em um discurso inflamado, ameaçou utilizar armas nucleares contra a Coreia do Sul, caso o país vizinho tente qualquer provocação que viole a soberania norte-coreana. A declaração, feita durante uma visita a uma unidade de forças de operação especial na última quarta-feira (2), foi divulgada nesta sexta-feira (4) pela mídia estatal norte-coreana, gerando apreensão na península coreana e intensificando a já delicada situação diplomática entre as duas nações.

A retórica agressiva de Kim foi uma resposta direta às declarações do presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, que afirmou na terça-feira (1°) que a Coreia do Norte entraria em colapso caso decidisse utilizar seu arsenal nuclear. O acirramento verbal entre os dois países marca mais um episódio das tensões latentes na península, exacerbadas recentemente pela revelação de uma nova instalação nuclear na Coreia do Norte e uma série de testes de mísseis conduzidos pelo regime de Pyongyang.

Escalada de Tensão

As trocas de provocações entre as Coreias não são novidade, mas a ameaça explícita de uso de armas nucleares por parte de Kim Jong-Un eleva o nível de preocupação na região. O ditador norte-coreano afirmou que, caso a Coreia do Sul tentasse qualquer ação militar que ameaçasse a soberania de seu país, "todas as forças ofensivas, incluindo armas nucleares", seriam usadas sem hesitação.

Kim foi categórico ao advertir que, em uma situação de confronto, "a existência permanente de Seul e da República da Coreia será impossível", uma declaração que ecoa as ameaças que o regime frequentemente faz à Coreia do Sul e seus aliados, mas que desta vez vem acompanhada de um contexto mais hostil.

Reações ao Sul

As ameaças de Kim chegam em um momento delicado para a Coreia do Sul, que tem reforçado sua parceria com os Estados Unidos no âmbito da defesa, frente ao avanço do programa nuclear norte-coreano. Recentemente, o governo sul-coreano liderado por Yoon Suk-yeol tem adotado uma postura mais firme em relação ao vizinho do norte, sugerindo que qualquer tentativa de uso do poderio nuclear pela Coreia do Norte poderia resultar em sua queda.

Analistas acreditam que a retórica de ambos os lados, combinada com o aumento das atividades militares norte-coreanas, indica uma deterioração ainda maior nas relações entre as duas Coreias. A região, que há anos convive com a tensão entre os dois Estados, parece estar caminhando para um ponto de inflexão, onde uma pequena provocação pode desencadear uma escalada militar de proporções globais.

O Papel do Parlamento Norte-Coreano

Outro ponto de destaque é a iminente declaração do Parlamento norte-coreano, que deverá, na próxima semana, formalizar constitucionalmente um sistema de “dois Estados” na Península Coreana. Essa medida representaria a rejeição oficial e definitiva da reconciliação com a Coreia do Sul, encerrando qualquer esperança de diálogo diplomático entre os dois países. A adoção dessa postura severa serve para consolidar a posição de Kim Jong-Un como um líder intransigente, disposto a manter a divisão da península a qualquer custo.

Esse possível passo legislativo é mais uma evidência do fechamento total do regime norte-coreano para soluções pacíficas e diplomáticas. Ao institucionalizar um modelo de “dois Estados”, a Coreia do Norte deixa claro que a reunificação, que durante décadas foi considerada um objetivo comum para ambas as nações, está cada vez mais distante de se tornar uma realidade.

O Impacto Internacional

A comunidade internacional, particularmente os Estados Unidos, tem acompanhado de perto as movimentações no norte da península coreana. O contínuo avanço do programa nuclear de Pyongyang, junto com a retórica beligerante de Kim Jong-Un, gera preocupações sobre a estabilidade da região. Embora sanções econômicas e diplomáticas tenham sido aplicadas, o regime norte-coreano continua a expandir suas capacidades militares, utilizando suas armas nucleares como um escudo para manter sua posição de poder.

A aliança militar entre a Coreia do Sul e os EUA, fortalecida recentemente, tem o objetivo de conter qualquer ação agressiva de Pyongyang. No entanto, o crescimento do arsenal nuclear norte-coreano impõe um desafio significativo para a manutenção da paz na região.

Um Futuro Incerto

As ameaças de Kim Jong-Un reforçam a incerteza sobre o futuro das relações na península coreana. Com as duas nações cada vez mais afastadas e um parlamento norte-coreano disposto a institucionalizar a divisão entre os países, o caminho para uma solução pacífica parece cada vez mais difícil de alcançar. A comunidade internacional, especialmente os países envolvidos diretamente no conflito, devem agora redobrar seus esforços para evitar que as palavras de hoje se transformem nas ações de amanhã.

O uso de armas nucleares, que até então era uma ameaça velada, agora ganha contornos mais reais, deixando a Coreia do Sul e seus aliados em alerta máximo para qualquer movimento do regime norte-coreano.

Fonte: Pleno News