Em uma tarde marcada por profunda tristeza, o corpo do menino Thomaz Felipe Bandeira da Rocha, de apenas 10 anos, foi velado e sepultado nesta quinta-feira (3) no Cemitério Várzea, na Zona Oeste do Recife. Familiares e amigos, tomados por emoção e revolta, se despediram do garoto que morreu tragicamente após sofrer uma descarga elétrica ao tocar em uma estrutura metálica na Academia da Cidade, localizada na praça do bairro Engenho do Meio.

Colegas de escola e da comunidade também prestaram homenagens a Thomaz, e seus pais, visivelmente desolados, foram amparados por amigos durante toda a cerimônia. A dor da perda era visível, especialmente entre aqueles que conheciam a insegurança do local público.

Tragédia Anunciada

Juliane Lima, madrinha de Thomaz, expressou sua indignação ao falar sobre o descaso em relação à segurança na praça. “A nossa revolta é porque era uma tragédia anunciada. A gente sabia que um dia isso ia acontecer, mas não com a nossa família", afirmou, lamentando que as condições perigosas da Academia da Cidade fossem ignoradas até que um acidente fatal ocorresse.

Uma prima do garoto, que preferiu não ser identificada, também manifestou sua dor, em lágrimas. “Eu não imaginava que o meu primo iria embora tão tragicamente assim. Poderia ter sido comigo, poderia ser com outra criança, mas infelizmente Deus escolheu meu primo e ele não tem mais como voltar", desabafou.

Ação da Prefeitura e Investigação

O prefeito do Recife, João Campos, divulgou uma nota se solidarizando com a família de Thomaz e prometeu uma apuração rigorosa para que os responsáveis pelo acidente sejam punidos. "Minha solidariedade à família de Thomaz, de apenas dez anos, que morreu durante um acidente elétrico na Academia Recife, na quarta. A Prefeitura do Recife está cobrando todas as explicações à empresa que faz a gestão do equipamento e abriu um processo administrativo para que os fatos sejam devidamente apurados e para que os responsáveis sejam punidos", declarou o prefeito.

O trágico acidente levanta questões sobre a segurança dos equipamentos públicos e a responsabilidade da gestão municipal em garantir que locais como a Academia da Cidade ofereçam um ambiente seguro para a população, especialmente para as crianças que frequentam esses espaços.

A comunidade, agora em luto, pede justiça para que acidentes como o que tirou a vida de Thomaz não voltem a acontecer.

Fonte: JC Online