Apesar do término do primeiro turno das eleições municipais de 2024, realizado neste domingo (6), os municípios de Cabo de Santo Agostinho e Goiana, em Pernambuco, ainda não podem declarar oficialmente os seus prefeitos eleitos. Os candidatos Lula Cabral (Solidariedade), no Cabo, e o atual prefeito de Goiana, Eduardo Honório (União Brasil), lideraram as votações em seus respectivos municípios, mas permanecem com suas candidaturas sob análise judicial.

Lula Cabral: Cabo de Santo Agostinho em expectativa

Com 46,64% dos votos válidos, Lula Cabral, ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho por três mandatos, viu sua candidatura ser impugnada pela Justiça Eleitoral devido à rejeição das contas de sua gestão em 2017. A decisão foi tomada pela juíza Sílvia Maria de Lima Oliveira, da 15ª Zona Eleitoral, em agosto deste ano.

A impugnação decorre da desaprovação das contas públicas pela Câmara de Vereadores do município. No entanto, a equipe jurídica de Cabral já recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), buscando reverter a decisão. A assessoria do candidato afirmou que confia na validação de sua candidatura e está “seguindo com os trâmites legais”.

Eduardo Honório: Goiana também vive incerteza

Já em Goiana, o prefeito Eduardo Honório conquistou 78,16% dos votos válidos, mas sua candidatura está sub-judice em função de um possível terceiro mandato consecutivo, o que é vetado pela Constituição Federal.

Honório assumiu a prefeitura em 2018, após o afastamento do então prefeito Osvaldo Rabelo Filho por questões de saúde, e foi reeleito em 2020. Para o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), sua candidatura neste ano caracteriza uma segunda reeleição, o que é proibido pela legislação eleitoral. Assim como Lula Cabral, Honório aguarda a decisão final do TSE para definir o futuro da sua campanha.

Expectativa e tensão nos dois municípios

Enquanto a população do Cabo de Santo Agostinho e de Goiana aguarda com expectativa o desfecho dos casos, a instabilidade jurídica mantém em aberto o resultado oficial das eleições municipais em ambos os municípios. A resolução dessas pendências dependerá das decisões do TSE, que determinará se os candidatos poderão, de fato, assumir seus mandatos.

Fonte: JC Online