Promotores federais em Manhattan revelaram, nesta sexta-feira (8), um plano detalhado elaborado por conspiradores iranianos para assassinar o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, antes de sua reeleição. A investigação aponta que, em setembro, um agente iraniano foi incumbido pela Guarda Revolucionária Islâmica do Irã de conduzir o plano, de acordo com documentos apresentados no tribunal federal.

O agente relatou que recebeu ordens para interromper outros projetos em andamento para focar exclusivamente na vigilância e eventual execução de Trump. Segundo a denúncia, a operação envolveria um investimento financeiro significativo, descrito pelo agente como “enorme”. Em resposta, um representante da Guarda Revolucionária declarou: “Já gastamos muito dinheiro. Dinheiro não é um problema”.

Além do complô contra Trump, as autoridades revelaram que frustraram outro plano para assassinar Masih Alinejad, uma conhecida ativista dos direitos humanos residente no Brooklyn, crítica feroz do regime iraniano e de suas políticas contra as mulheres.

“O anúncio das acusações hoje expõe as tentativas descaradas e contínuas do Irã de atingir cidadãos americanos, incluindo o presidente eleito Donald Trump, além de líderes governamentais e dissidentes críticos ao regime de Teerã”, declarou Christopher Wray, diretor do FBI. Wray enfatizou que o Irã tem utilizado métodos criminosos para ameaçar vidas em solo americano, algo que as autoridades não irão tolerar.

O principal responsável pelo plano, Farhad Shakeri, de 51 anos, permanece foragido e é acreditado que esteja residindo no Irã. Outros dois homens, Carlisle Rivera, de 49 anos, do Brooklyn, e Jonathan Loadholt, de 36 anos, de Staten Island, foram detidos sob a acusação de conspiração. Ambos foram apresentados à justiça na quinta-feira (7) e permanecerão sob custódia à espera do julgamento.

Os advogados de Rivera e Loadholt não responderam imediatamente aos pedidos de comentário. Essa não é a primeira vez que autoridades americanas detectam um complô de Teerã para atingir Trump. Serviços de inteligência já haviam identificado, anteriormente, uma tentativa durante uma campanha do republicano, levando o governo de Joe Biden a alertar o Serviço Secreto e a equipe de segurança de Trump.

A origem da animosidade iraniana remonta à morte do general Qassim Suleimani, comandante da Guarda Revolucionária Islâmica, classificado como terrorista pelos Estados Unidos. Suleimani foi morto em um ataque aéreo em Bagdá, em 2020, sob ordens de Trump, então presidente. Esse evento continua sendo uma fonte de tensão e motivações de retaliação por parte do Irã.

Fonte: Pleno News